quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Resgate das Lendas


Uma Viagem pelas Lendas

Folclore
Podemos definir o folclore como um conjunto de mitos e lendas que as pessoas passam de geração para geração. Muitos nascem da pura imaginação das pessoas, principalmente dos moradores das regiões do interior do Brasil. Muitas destas histórias foram criadas para passar mensagens importantes ou apenas para assustar as pessoas. O folclore pode ser dividido em lendas e mitos. Muitos deles deram origem à festas populares, que ocorrem pelos quatro cantos do país.

As lendas são estórias contadas por pessoas e transmitidas oralmente através dos tempos. Misturam fatos reais e históricos com acontecimentos que são frutos da fantasia. As lendas procuraram dar explicação a acontecimentos misteriosos ou sobrenaturais.
Os mitos são narrativas que possuem um forte componente simbólico. Como os povos da antiguidade não conseguiam explicar os fenômenos da natureza, através de explicações científicas, criavam mitos com este objetivo: dar sentido as coisas do mundo. Os mitos também serviam como uma forma de passar conhecimentos e alertar as pessoas sobre perigos ou defeitos e qualidades do ser humano. Deuses, heróis e personagens sobrenaturais se misturam com fatos da realidade para dar sentido a vida e ao mundo.

Algumas lendas folclóricas do Brasil:

Boitatá

Representada por uma cobra de fogo que protege as matas e os animais e tem a capacidade de perseguir e matar aqueles que desrespeitam a natureza. Acredita-se que este mito é de origem indígena e que seja um dos primeiros do folclore brasileiro. Foram encontrados relatos do boitatá em cartas do padre jesuíta José de Anchieta, em 1560. Na região nordeste, o boitatá é conhecido como "fogo que corre".


Boto

Acredita-se que a lenda do boto tenha surgido na região amazônica. Ele é representado por um homem jovem, bonito e charmoso que encanta mulheres em bailes e festas. Após a conquista, leva as jovens para a beira de um rio e as engravida. Antes de a madrugada chegar, ele mergulha nas águas do rio para transformar-se em um boto.


Curupira

Assim como o boitatá, o curupira também é um protetor das matas e dos animais silvestres. Representado por um anão de cabelos compridos e com os pés virados para trás. Persegue e mata todos que desrespeitam a natureza. Quando alguém desaparece nas matas, muitos habitantes do interior acreditam que é obra do curupira.



Mãe-D'água

Encontramos na mitologia universal um personagem muito parecido com a mãe-d'água : a sereia. Este personagem tem o corpo metade de mulher e metade de peixe. Com seu canto atraente, consegue encantar os homens e levá-los para o fundo das águas.




Mula-sem-cabeça

Surgido na região interior, conta que uma mulher teve um romance com um padre. Como castigo, em todas as noites de quinta para sexta-feira é transformada num animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas.





Saci-Pererê

O saci-pererê é representado por um menino negro que tem apenas uma perna. Sempre com seu cachimbo e com um gorro vermelho que lhe dá poderes mágicos. Vive aprontando travessuras e se diverte muito com isso. Adora espantar cavalos, queimar comida e acordar pessoas com gargalhadas.






Iara

É talvez uma variante da lenda do Ipupiara. Muitas vezes é confundida com a Mãe-d'água, a Iara, Uiara ou Ipupiara é uma lenda popular na Amazônia. Tem forte poder de sedução sobre os homens, assim como possui o do boto sobre as mulheres. Muita vezes é chamada de boto-fêmea. Comumente descrita como uma mulher muito bonita e de canto maravilhoso que aparece banhando-se nas águas dos rios, ou sobre as pedras nas enseadas. Para os caboclos que viajam nos rios da Amazônia, a Iara é de fato um perigo, pois encanta o navegador e puxa os barcos para as pedras. Enfeitiçados, os homens somente dão conta da tragédia quando não se pode mais desviar.

Quem a vê, nunca mais a esquece. Diz-se que quanto o caçador no meio da mata, ouve um canto irresistível de mulher deve rezar muito e tentar sair logo do local. Contudo, são poucos os que seguem a orientação dos mais sábios. Ao ouvir o canto da Iara, não há homem que resista buscando-a nas matas até a beira do rio onde a sereia das águas doces pode ser vislumbrada. Quando a vêem, os homens enlouquecem de desejo e são capazes de segui-la para onde for. Há quem conte ter sido levado para as profundezas, nos braços da Iara. Descrevem o reino das águas como sendo de infinita beleza e de riquezas intocadas. De lá, nada se pode trazer. Quem se aventura a trazer algo de lembrança, é castigado com doença que só se cura com os trabalhos de alguma benzedeira poderosa das redondezas.
Os índios contam a lenda de Jaguarari, que era um índio forte como uma onça e muito corajoso. Ele tinha uma canoa e gostava muito de remar. Para pescar, não havia outro. Jamais faltava peixe para sua gente. Também na caça era mestre! Nenhum animal lhe fugia! Certo dia ele partiu bem cedo para a caça, sozinho. Estava mais feliz do que nunca nomeio da mata. Encontrou um rio muito lindo, de superfície tão calma e cristalina que mais parecia o céu de tão transparente! Não resistindo, pois todo índio gosta de água, resolveu dar um mergulho. Depois de banhar-se deitou num margem e ficou admirando a beleza do céu. Contudo, recordando de suas tarefas, pegou seu arco e as flechas e partiu para a caça. Depois de apanhar alguns animais pequenos, sentiu fome e comeu. Deitou-se e descansou profundamente, adormecendo.
Quando despertou viu que o dia estava terminando e se apressou em voltar à aldeia. Mal começou a andar e ouviu um canto que o deixou maravilhado. Foi atrás de som tão elo e chegando ao local onde tinha mergulhado, viu a Iara! Sempre atraído já estava dentro da água. Lembrou-se, porém do que os mais velhos diziam e agarrou-se no tronco de uma árvore na beira do rio. A Iara o tinha visto antes e tendo gostado dele, queria levá-lo para o fundo das águas. Como não gostava da luz do dia, tinha esperado entardecer para atrair o moço com seu canto mágico. Jaguarari por ser muito forte, agarrando-se nos cipós e no tronca da árvore, resistiu e por fim conseguiu retornar para sua aldeia. Quando chegou na sua oca, a mãe percebeu que estava afoito, mas este disse que estava apenas cansado. No dia seguinte, continuou ele preocupado e triste. Muitos acreditavam que ele estava sendo vítima do Jurupari, o espírito do mal. Continuava a pescar e caçar, só que agora não trazia mais a fartura de antes. Ele que não gostava de ficar na floresta quando escurecia, agora voltava para lá depois de anoitecer. A mãe tanto perguntou e insistiu que ele um dia ele contou que havia visto a Iara e que era a moça mais linda que já vira. A mãe ouvindo isto, pôs-se a chorar e disse-lhe que fugisse da Iara senão iria morrer. ele bem que seguiu o conselho, mas como ocorre com todos os apaixonados, estava doente e precisava ver a Iara novamente. Pegou ele a canoa e foi remando no rio em direção do local onde a tinha visto pela última vez. Encontrando-a alguns índios viram a cena gritando de longe: - Olhem, ele não estava sozinho? - Pois agora não está! De longe, avistava-se Jaguarari na canoa com uma moça. Era a Iara! Esta fo a última vez que alguém tinha visto Jaguarari. 



Comemorações especiais:
É comemorado com eventos e festas, no dia 22 de Agosto, aqui no Brasil, o Dia do Folclore.

Em 2005, foi criado do Dia do Saci, que deve ser comemorado em 31 de outubro. Festas folclóricas ocorrem nesta data em homenagem a este personagem. A data, recém criada, concorre com a forte influência norte-americana em nossa cultura, representanda pela festa do Halloween - Dia das Bruxas.

O Significado da palavra folclore é de origem inglesa. A termo "folk", em inglês, significa povo, enquanto "lore" significa cultura.

Muitas festas populares, que ocorrem no mês de Agosto, possuem temas folclóricos como destaque e também fazem parte da cultura popular.

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